Foi em 1936, no Porto, que se encontraram os gâmetas de que provem.
Que a gestação tivesse continuado em Setúbal, não ficou a dever-se à escolha de uma latitude mais meridional que lhe propiciasse aconchego melhor.
A coisa é mais prosaica: o sargento artilheiro que integrava a guarnição de um navio em serviço no Norte e fôra um dos responsáveis pelo encontro, foi destacado para outra unidade, estacionada no Sado. E a fiel depositária seguiu-o.
Faltariam uns dez dias para que a obra atingisse o fim da primeira fase, quando, com os três a bordo, a canhoneira “Zaire”
navegou para Sul, na demanda de Faro, onde veio a dar-se a eclosão.
Exceptuados os intervenientes, o mundo manteve-se alheio ao sucesso, surpreso que acordara nesse dia com a notícia de que Eduardo VIII abdicara do trono.
Assim relegado para a obscuridade desde o início, o culto de um perfil baixo, deverá ser-lhe guia no futuro.
Com tais prenúncios não admiraria que o rapaz viesse a escolher o mar p’ra fazer vida.
Mezena
28ABR2012
Muito interessante esta história.
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