São João de Maputo
O santo por que me morro,
Venero e nunca refuto
E a quem sempre recorro,
É São João de Maputo.
Mas por mais que seja astuto,
Nem mesmo usando cachorro
Conseguiu ele em Maputo
Arranjar-me um alho-porro.
Enfiou-me assim o gorro
E faz-me passar por bruto,
Nesta noite em que concorro
Aos Florais de Maputo.
É pois a ele que imputo
Este dislate em que incorro:
Estar festejando em Maputo
São João sem alho-porro.
José Guerreiro
Maputo, Junho de 1988
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