30.10.06
INTRÓITO
Não creio que tenha grande importância o que aqui possa vir a escrever.
Porquê então um blogue?
Talvez porque (custa-me admiti-lo), "Maria vai com as outras"...
Se qualquer bicho-careta tem um blogue, porque não eu?
Não tenho nenhum plano àcerca do que aqui escrever. Mais pomposamente, não tenho programa editorial.
Como é fácil de ver, venho muito à aventura.
Mas os blogues não servem também para que nos aventuremos?
Digam que sim!
Pelo título se percebe como tenho a pretensão de estar próximo das coisas do mar.
Como me não foi permitida a grafia correcta - gurupés - optei por gurupez, forma que poderá ter sido usada no passado; e que escrito quer de um modo quer do outro, é o mastro mais a vante - no prolongamento da proa - de alguns veleiros, que faz com o plano horizontal, um ângulo de 35/36 graus.
As barcas têm gurupés. A barca "Sagres", navio-escola português, é disso exemplo.
"Selô, selô, é barca Sagres!"
É natural que os apontamentos e as imagens trazidos ao "Gurupez" tenham amiúde o cheiro da maresia.
Meio familiar de que guardo recordações, estará decerto presente muitas vezes, em imagens ou palavras.
Para intróito já tem que bonde.
Desejem-me inspiração. Tentarei quanto ao engenho.
Mezena
Na imagem, gurupés, cevadeira e proa da velha "Sagres", em Agosto de 1957.